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terça-feira, 10 de junho de 2008

o que seria do Brasil sem Portugal e as padarias?

Olha só no que dá falar bem do português e das coisas boas que acontecem: 
hoje, dez d'junho,  dia de portugal, dia da morte de Camões, data nacionalista antes do 25 d'abril, foi lançada uma campanha anti-saquinhos de plástico nas padarias de SP. Parece que tem até desconto pra quem usa as sacolas recicláveis de algodão, vendidas na própria padoca.
Eu que há tempos uso e recomendo as estilosas sacolas de feiras de lona, as de ráfia das boas lojas do ramo ou as de algodão em detrimento das barulhentas e poluentes de plástico, quase chorei quando vi a matéria no telejornal prandial. já não vou mais ser tomado por estranho quando fizer questão de não levar o saquinho de plástico além do de papel nas boas padarias de bons portugueses. Se os franceses levam a baguete no sovaco, porque além do famigerado saco do papel do pão, aka brown paper bag, a gente ainda precisa da bendita sacolinha? A moça do pão me olha com cara estranha quando eu faço questão de não levar a de prástico, espero que agora ela entenda que eu sou nada mais do que um ser evoluído e ecologicamente correto. A próxima cruzada da vizinhança engajada vilamarianense será contra as bandeijinhas de isopor que acomodam as carnes e suas pocinhas de sangue. Vamos lá galera, quem não (ainda) não for vegetariano, que leve o seu próprio tâiperuére no açougue. 
Viva os portugueses, viva camões lá no céu, viva a padaria paulistana enquanto campo de experimentação das novas práticas sócio-ecológicas, enquanto meu olhar antropológico toma uma média no balcão. A terrinha tá bem na eurocopa também e vamos que vamos, ora pois!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

sobre o falar bem do português

Falar bem de alguma coisa já não é tão fácil, mas como já estou sendo tomado por rabugento vou tentar. Assim como usar maísculas e parágrafos, como manda o bom português e a audiência clama. Falar em português, o restaurante dos dois portugueses na Rua do Boticário foi hoje oficialmente provado e aprovado pela turma nova do paisandux. e não é que encontramos o delija, autor da letra, em pessoa lá ? Ót'mo, delija, estamos com você. já seria de se falar bem o restaurante dos portugueses mas não é o caso. Ia falar do Parque da Juventude, aka Carandirú demolido e transformado em uma área pública pontilhada de equipamentos. Os projetos de paisagismo e das edificações está sendo realizado em partes, ainda restam três puta presídios na área que será quem sabe um dia todo o parque.
os links pros projetos eu vou postar como comentário, que eu não tô me entendendo ainda com o meu editor, eu acho que o português sou eu, no caso. as fotos estão no flickr desde a semana passada, vejam lá e aí abaixo...
A última das partes inauguradas é a das escolas técnicas, projetos bem interessantes de alguém que nitidamente tem a nossa querida FAU como referência, parecem escolas muito legais de frequentar como aluno ou professor, o tal Centro Paula Souza. 
Tem também uma área esportiva bem frequentada, durante o feriado de porcus tristis, quadras de basquete, tênis, futiba cheias e uma pista de skate de granilite, ainda que já esburacada. o mais bacana arquitetônicamente falando é a marquise, que concentra "os serviços" (a lanchonetezinha e uns banheiros meio casa cor) e divide  a área esportiva e a parte mais "aberta"  do parque, pra lá do riozinho nojento que corre ali. entre eles, uns restos de muralhas pelas quais você caminha por cima de hk depois de subir por lindas estruturas miesianas de aço cortén com passagens, acessos e escadas generosos entre as árvores.
depois de uns morrinhos que dizem que seriam feitos de entulho dos pavilhões do antigo presídio, tem os prédios das fatec, o Centro Paula Souza, já arrodeando a volta no parque. os prédios tinindo de novos parecem completamente vazios, cheios de espaço. tomara que sejam bem ocupados.
fico pensando no rolê do sujeito que puxou uns anos ali nos velhos pavilhões com a família no domingo. só a sensação de liberdade no mesmo espaço que antes o oprimia deve valer um bocado, não tem preço.
Temos todos de ir lá mais vezes e mais domingos encontrar com quem o usará e se apropriar dos (ainda poucos) novos espaços públicos conquistados contra a cidade do K. 
Superado o efeito poltergeist com reza braba, não há como negar que é uma idéia mais generosa de (re) educação, que tem de ser encampada por gente legal que acredita que isso tá na base de um Brasil mais bacana. Eu acredito. (olhaí como o português aqui consegue falar bem das coisas e não ser rabugento!)